continuação...
«Num instante, os porquinhos mais novos tinham construído as suas casas: uma de madeira e a outra de palha. Quando acabaram, o porquinho mais velho ainda tinha muito que fazer.
- Para quê tanto trabalho?- riram os porquinhos mais novos. – Nós vamos dar um passeio.
Mas o lobo estava a vigiá-los. Por detrás de uma árvore espreitava, espreitava… Os porquinhos não tinham visto o lobo. Deram um grande passeio e depois voltaram para as suas casas.
Entretanto, o porquinho mais velho já tinha acabado de construir a sua casa de tijolo.
O lobo dirigiu-se à casa de palha.
- Porquinho, deixa-me entrar. - choramingou o lobo.
O porquinho ficou cheio de medo.
- Não abres a porta! – disse o lobo. - Então já vais ver. Vou destruir a tua casa.
O lobo soprou com muita força e a casa de palha desfez-se. O porquinho foi pelos ares e caiu de rabo no chão. Então, o porquinho fugiu para casa do irmão.
-Dois porquinhos para o jantar! -riu o lobo.
O lobo zangou-se. Encheu os pulmões de ar e soprou muito forte: fffffffffffffffff…A casa de madeira foi pelos ares. Os dois porquinhos estavam com muito medo. Aflitos, os dois porquinhos, fugiram para casa do outro irmão. O porquinho mais velho que os ouviu gritar: “ Socorro! Socorro”- abriu a porta. Eles entraram e fecharam-se lá dentro. O porquinho mais velho pregou a porta: toc, toc, toc…toc.
Os dois porquinhos tremiam, estavam com muito medo, mas o porquinho mais velho nem por isso.
- Três porquinhos para o jantar! - sorriu o lobo.
Bateu à porta e disse:
- Deixem-me entrar ou deito a casa abaixo.
O lobo soprou, soprou…Mas a casa de tijolo nem se mexeu. Soprou e nada!
O lobo começou a pensar: “ e agora?” Olhou para a casa.
- Por esta janela, não. Pela outra, também não. Ah! Pela chaminé. Vou buscar um escadote.
Em bicos de pés, o lobo foi até junto da chaminé. Encostou o escadote e começou a subir. Finalmente chegou ao telhado, olhou lá para baixo, entrou pela chaminé e deslizou… Mas, lá em baixo estava uma panela com água muito quente, a ferver!
- Ai! Ui! Ai! Ui!- gritou o lobo.
E fugiu de casa a correr para bem longe. Tinha o rabo arder! O lobo nunca mais voltou.
-Conseguimos! -disseram os três porquinhos saltando de alegria.»
Pois é, juntos temos muita força! Somos fortes!
Os Três Porquinhos, (2004),Porto Editora.